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Generalidades com Especificidade

Generalidades com Especificidade

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

A Garota do Olho Oriental (Conteúdo erótico)

 


Estou me deslocando rapidamente por uma calçada ruím, muito irregular, preciso encontrar um policial, uma delegacia. O dia está escuro, não sei se amanhece ou anoitece, tem um ruído urbano, as pessoas se olham sem falar. Estou passando em uma ruína de uma antiga fábrica, do alto de uma escadaria, a garota oriental depilada me acena, embaixo encostada em um corrimão, minha bicicleta.

Subo os degraus de dois em dois, como um raio.

_Onde estão os demais objetos?

Ela não responde, me segura o rosto e me beija com sofreguidão, sinto ela estremecer. A garota do olho oriental me arrasta para um quarto incrivelmente bem arrumado e cheiroso. Não consigo dizem mais nada, ela faz sexo oral como ninguém... pede que eu a penetre com força, o que não faço, penetro-a devagar, com carinho, aproveitando cada milímetro, pele na pele, deslizando....sua vagina parece de veludo untado com mel, ela goza....eu gozo jatos de esperma, talvez litros, um chafariz...ela ri muito.

Me recupero, e pergunto?

_E os cartões, carteira e o celular?

A garota do olho oriental não responde, não está mais no quarto, só o seu cheiro adocicado. Uma gargalhada ecoa, corro à janela e avisto a garota fugindo na minha bicicleta, nua, o dorso molhado....some na curva, a bunda redonda como uma lua cheia se movimenta na cadência dos pedais, em cima...em baixo...em cim....

Desperto novamente.

quarta-feira, 31 de julho de 2024

O Olho Oriental (Conteúdo erótico)

 


Por um motivo desconhecido, deixo meu celular, minha bicicleta e minha carteirinha de cartões com dois caras que são sócios de uma banca de miscelâneas, um deles, de uma familía nisseí de um bairro distante de onde moro. A casa deles fica no limite da cidade e, é acessada por um beco à partir de uma da ruas movimentadas do centro. Tem uma garota da família, muito bonita que é garota de programas, e no dia anterior depois de se depilar, ficou tomando sol, e me mostrou a vagina pelada, seu monte de vênus protuberante e atraente. Ela me pergunta quanto eu pagaria por um programa? Respondi que eu só transaria de graça, pois, não estava com minha carteira, que estava com seu irmão e o sócio dele na banca de camelô. Ela nada disse, mas, seu olhar e fisionomia indicavam que pagamento não seria impeditivo. 

O pai da menina aparece, parecendo saber de tudo e me convida à entrar na casa, me diz que a dupla virá no outro dia trazer meus pertences, e que o sobrenome da família é Ishidas.

A garota olha fixamente para o meu pau. Eu vi, ela olhava diretamente para meu pau, o pai dela pigarreou desaprovando este olhar. Zangado e excitado vou embora à pé   contrariado, retornando no outro dia. 

A dupla chega sem minha bicicleta e me devolve um celular antigo, preto, que não é o meu. Furioso eu recuso, pergunto pela bicicleta e ameaço chamar a polícia, ao que o sócio do nisseí retruca:

Tens celular pra fazer a chamada?

Olho em volta, todos riem, menos a garota que acaricía a própria vagina pela baínha da calcinha e me lança olhares lânguidos, depois com o dedo nos lábios molhados me manda um beijo insinuante e discreto, com um piscar de olho convidativo.

Estou confuso, zangado e excitado, ao mesmo tempo. Saio ligeiro em busca de um carro de polícia, temendo que tenham usado meus cartões. As senhas estão todas na carteira, inclusive a do aplicativo do banco no celular.

Acordo com uma ereção que chega a doer, e que não diminuí, graças a deus tudo foi um sonho. 

Menos a parte da garota, que bem que podia ser verdade. Chego a pensar que foi bom o ocorrido, mesmo em sonho, a garota estava afim de mim e com muita tesão, o que é compreensível, pois, tinha estado manipulando a genitália com cremes enquanto  eliminava os pêlos e, essa imagem não me deixava, e o coração acelerou me despertando.

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Sonho

 





Tenho um sonho recorrente faz muito tempo. Ele não muda, é sempre o mesmo em termos gerais, pequenos detalhes o diferencia dos demais, ora acresenta, ora subtrai algumas coisas.

Estou em um grande portão de madeira que abrindo é entrada da casa de um familiar. Depois de conversarmos por algum tempo, saio da casa sozinho e ganho o espaço do fundo do terreno, sozinho, o sol brilha e o clima é agradável. 

Um outro portão de madeira, de madeiras reusadas, pintadas em cores deversas, está colocado em um canto de uma cerca bastante alta de madeiras semelhantes. Quando o portão se abre, me deparo com uma cidade cenográfica enorme, ela representa uma velha cidade do faroeste com todos os detalhes. Entro, sinto uma vontade imensa de ejacular, a vontade muda, agora quero mijar, abro ziper e mijo com um grande jato, uma sensação grande de alívio, como um orgasmo, acordo com uma forte ereção. 

quarta-feira, 1 de maio de 2024

O Tempo

 


Estamos vivendo uma situação difícil no sul do Brasil. O Rio Grande do Sul está experimentando uma das piores enchentes da história recente. Diversas cidades estão com decreto de calamidade pública e, a área de abrangência se alargou nas últimas horas. Desde sábado chove sem trégua em todo o estado. Agora mesmo enquanto digito essas linhas, uma forte precipitação está em curso, felizmente com sinais de abrandamento.z

Em  cidades ribeiras como São Sebastião do Caí, a situação é no minimo calamitosa, com centenas de pessoas, familias inteiras sendo removidas de suas casas. Em todo o estado cresce o numero de mortes, que já chega a mais de 20, inclusive sem contar desaparecidos.

Pontes destruídas, acessos à cidades de grande importância para o estado estão em diversos casos, impedidos. Em muitas localidades deslizamentos de encostas, taludes de estradas excenciais para a movimentação de veículos estão fazendo com que populações inteiras estejam isoladas.

Santa Maria, cidade da região central do estado, pouco atingida por este tipo de fenômeno climático esta sofrendo a duras penas a inexperiência das autoridades que despreparadas lutam para governar a situação.

No vale do Rio Taquari, Lajeado, Estrela, Teotônia, Mucum, Roca Sales, entre outras recém saídas dos eventos de setembro de 2023, enfrentam novamente a situação com agravamento da intensidade. Região metropolitana de Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravatai, Canoas, Sapucaia em situação de igual penosidade.

Nas ilhas próximas à Porto Alegre, comunidades frágeis às cheias estão vendo repetir a tragédia do ano anterior. A situação é muito triste e preocupante, se alguém ler este post, por favor dirijam para o nosso povo uma oração, pedindo à Deus que intercedavem nossa causa.

Senhor meu Deus, nesse momento de aflição e desespero, rogamos pela sua misericórdia e auxílio. Dê-nos força para suportar esse tormento e fé para que possamos persistir na luta com o menor numero de baixas possível. Senhor nosso pai, organizador do universo, criador de céus, espaços, planetas e terra. Dono e mantenedor de toda a vida e da não vida, não nos abandone. Amém!




terça-feira, 23 de abril de 2024

O Ciclomotor do Getúlio

 


Por volta de 1975, eu fiz amizade com um grupo de rapazes, pouco mais velhos do que eu. Dentre estes novos amigos havia um grupo de irmãos de uma família bastante numerosa da cidade. Somente dos que andavam juntos, eram quatro: Alcides, Chacrinha, Getulio e Nêgo. Getúlio o mais arredio, havia passado, nessa época, um período em uma clínica de saúde mental, por conta de certos abusos e encrenca com a lei. Tendo retornado disposto a se enquadrar na sociedade novamente, afastou-se um pouco dos demais, que eram uma turminha da pesada. Nada muito sério, mas, pra quem pretendia se ajustar, não era a companhia ideal.

Getúlio adquiriu um ciclomotor muito em moda na época, era um veículo que ficava entre uma motocicleta e uma bicicleta, alguns chamavam de "bicicleta a motor", era um bom veículo para se deslocar nas cidades, uma motoneta da marca "Motovi".

Uma tarde de sábado de céu nublado e chuvisqueiro de inverno, passados diversos dias de chuvas persistentes no estado, Alcides e eu nos encontramos no centro da cidade, perambulamos, entramos em alguns bares, jogamos sinuca, conversamos e chegamos à conclusão de que deveríamos fazer alguma coisa mais movimentada para passar o dia. Alcides relatou que Getúlio tinha ido a uma cidade vizinha, dista cerca de 30 km. para visitar uma tia e de que ficaria o resto do final de semana por lá. Como o tempo era instável, Getúlio resolveu ir no ônibus da linha. Resolvemos "tomar emprestada" a Motovi do irmão para vadiar pelas redondezas, o que fizemos, mesmo sabendo que o tempo estava ruim.

Não havia muitas opções de lugares para ir, rumamos para a orla do lago, na praia da Alegria, mas, quando estávamos chegando perto, desabou um temporal muito forte, exigindo que nos abrigássemos em algum lugar, o que fizemos. Paramos em um bar que existia na esquina das ruas Inácio de Quadros com a rua São Geraldo, a rua principal que corta a cidade, levando em direção ao tal município vizinho. A chuva não dava tréguas e nos entretemos tomando vinho e jogando sinuca. Numa dessas, Alcides veio desesperado dizendo que vira o Getúlio passar no ônibus, voltando da visita à tia, por certo ele não a encontrou e estava retornando, simples, uma viagem de pouco mais de meia hora.

Precisávamos de qualquer maneira, devolver o ciclomotor ã casa dos irmãos antes que Getúlio lá chegasse. A chuva diminuiu para um chuvisqueiro bem fino, uma garoa, permitindo que atalhando por dentro do Bairro, subindo à íngreme Inácio de Quadros, com um pouco de sorte chegaríamos antes do irmão, que faria uma longa volta, teria que descer nas imediações da casa da família e empreender uma caminhada de várias quadras para chegar.

Embarcamos no ciclomotor, alinhamos e em alta aceleração, nos dirigimos rua à cima, esperando alguma dificuldade, pois, a rua não era pavimentada, e o lamaçal era muito grande, também sulcos feitos pela chuva tornavam a subida até mesmo perigosa. No meio da lombada, o ciclomotor não deu vencimento e tivemos que descer e empurrar. O chão escorregadio fazia com que não pudéssemos ter apoio para empurrar o veículo e por diversas vezes caímos na lama vermelha, sujando roupas e o próprio ciclomotor. A essa altura estava tudo enlameado, as rodas da motinha estavam grossas de barro. Depois de muito tentar e com a ajuda de um popular e uma corda, vencemos a lombada. Atravessamos o bairro todo, chegando na casa dos irmãos. Conferido que ele não havia chegado, começamos a lavar e limpar o ciclomotor, numa tarefa difícil, pois, a lama grudava em tudo e não podia ficar nenhum vestígio.

Já se passara mais de uma hora desde que chegamos e nem sinal do Getulio e, nós estávamos imundos, as roupas de passeio pareciam saídas de um filme de guerra, mas, a Motovi estava perfeita, fizemos um bom serviço. Fomos nos lavar, eu peguei roupas do Alcides para vestir e aguardar o retorno do mano, para ver o que se sucederia e de como manteríamos a farsa. Para isso nos munimos de um bom chimarrão e ficamos aguardando, o sol ia se pondo e a chuva persistia, nesse momento já estávamos rindo da situação, Getulio nada perceberia.

A noite chegou, Getulio não apareceu, chegamos à conclusão de que Alcides havia se enganado, o rapaz que ele vira na janela do ônibus não era o irmão, por certo era alguém parecido, avistado de longe num dia nublado e chuvoso a uma distância razoável.

Enfim, depois de proferirmos alguns palavrões, a maioria dirigida a nos mesmos, já perdida à tarde de sábado nos concentramos em achar o que fazer no resto da noite que se iniciava, com mais uma história em nossa bagagem. História esta que ficou guardada até esta publicação, infelizmente Alcides e Getúlio não estão mais vivos, também nos anos seguintes ao ocorrido, nos distanciamos e nunca mais nos vimos. Passados quase cinqüenta anos, resolvi escrever a respeito.

 


terça-feira, 2 de abril de 2024

Aviso aos Navegantes

 







Meus antepassados, sobretudo por parte da família de meu paí eram navegadores. Meu avô Sebastião Freitas era construtor naval e marceneiro de excelência, assim como seu pai e provavelmente seu avô também trabalhava nessa atividade. Sebastião era profundo conhecedor da lagoa dos Patos, e tinha guardadas para consulta as cartas náuticas do nosso "Mar de Dentro" como é conhecida a referida lagoa.

Meu pai, João Freitas não era pescador, trabalhava como arrozeiro mas era muito bom velejador e construía barcos de madeira, carpinteiro e marceneiro que era. Onde morava sempre tinha por perto uma embarcação para as horas de lazer. Uma vez trabalhou meses na restauração de um lindo barco mas, por contingencias da vida, teve que se desfazer do projeto, vendendo-o para um conhecido. Meu irmão mais velho, João Gilberto também construia barcos, tendo construído um grande veleiro de mais de 10 metros com acomodações a bordo, preparado para grandes navegações, inclusive no mar. Em uma visita da antiga revista "Velas" na sua oficina, ficaram impressionados com o projeto e a construção do veleiro, realizando extensa matéria a respeito. Por essas circunstâncias da vida e suas fatalidades, quis o destino que ele nunca usufruísse do seu sonho navegante, tendo falecido muito jovem, aos 49 anos de idade. Sua esposa desesperançada acabou por vender o veleiro.

A foto que ilustra o post mostra, por volta de 1962, meu pai eu (junto a ele) e meus irmãos no pequeno veleiro que nos acompanhou por muito tempo, chamado "Calypso" em homenagem ao tipo de música que meu irmão Gilberto gostava ou, ao navio do oceanólogo francês Jacques Custeou, não lembro ao certo. O pequeno veleiro nos acompanhou em mudança, da localidade de Tapes para Santa Vitoria do Palmar, onde navegou por muitos anos na lagoa Mangueira, vezes por outra atravessando-a até a praia do Hermenegildo, localizada na outra margem.

A segunda foto, é o caique "Dunga" de um vizinho, que meu pai costumava usar no final dos anos 70. Ele ficava assim, ancorado e disponível para quem quisesse usá-lo. Pertencia a um senhor chamado Izael, morador do bairro, em Guaiba.

Fica o registro.

sexta-feira, 15 de março de 2024

Banho de Verão


 Nunca me furtei à algumas braçadas no lago Guaiba, foi assim desde criança. Nunca me importei muito com os dados sobre a poluição e, nunca adoeci por causa deles. Para mim a água sempre foi irresistivelmente convidativa, dos anos setenta até agora.

Na última quarta-feira calorenta e abafada dei uma bela pedalada até um lugar que costumava ser muito bonito, onde uma larga porção de areia cercavam o velho trapiche da Vila Elza, em Guaiba. O lugar não é mais o mesmo, as invasões imobiliárias tomaram conta indevidamente do local, restando um trilha em meio ao matagal. Junto as centenárias ruínas do trapiche cresceu uma enorme arvore que fornece uma sombra espetacular. Ali me estabeleci com a bicicleta e, me dei ao luxo de junto a natureza, me refestelar em um revigorante banho vestido de como vim ao mundo.

Dia para marcar o verão de 2024.