O inverno tem seus encantos, não se deve negar, mas o verão é a estação da vida, onde tudo brota sem parar. Em qualquer lugar a vegetação exuberante se apresenta, os dias são longos e as pessoas estão mais disponíveis. As noites, mesmos as mais tórridas são agradáveis, o cheiro das flores e das folhagens fazendo suas trocas gasosas enchem as ruas, o céu é limpo e a vida mais fácil.
Costumo nas folgas, nas longas tardes de verão sair de bicicleta, parar em locais ermos, sombras convidativas e ali passar horas ouvindo música. Gosto também de ficar na margem do lago que margeia minha cidade, passar longos tempos admirando a paisagem e o barulhinho refrescante da água batendo nas pedras. Costumo frequentar a muitos anos um local bem isolado da margem do lago, distante cerca de quatro quilômetros, em um antigo ancoradouro e ali passar horas nadando como vim ao mundo. O contato da água com o corpo nu é maravilhoso e energizante, e só saio da água quando a pele começa a enrugar de tanto ficar alí, nadando, mergulhando e me divertindo. Algumas pessoas, muito raras também se refrescam nesse local, e nenhuma se importa com a nudez alheia, pois como não existe uma praia propriamente dita, pois são pedras nessa margem, as pessoas se despem e logo entram na água, e ninguém está ligando para isso, apenas com a possibilidade maravilhosa de um banho natural. A água está limpa nos últimos anos, apesar de ainda não ser a ideal para o banho, está a contento, fresca e convidativa. Estamos a menos de uma semana do fim do verão, creio que o aproveitei bem e anseio pelo próximo. Carreguei as bateria para aguentar o longo inverno sulino, a tarde foi muito boa, parece que a última desse verão, até o próximo!
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