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Generalidades com Especificidade

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quinta-feira, 5 de julho de 2018

Bebeco Garcia - Me Chamam Curto Circuito - 1999



Bebeco Garcia foi provavelmente o maior guitarrista de blues e rock do rio grande do sul e quiçá do Brasil. Ele reunia em sua pessoa a empáfia de “rock star”  com o carisma de Blueseiro feroz e,  tinha técnica guitarrística e vocal para sustentar o status. A exemplo de feras como Celso Blues Boy e André Christovam, desenvolveu um estilo próprio, que funcionava bem ao vivo e nos diversos álbuns que deixou: “ Aleluia, aleluia” (1997), “Me chamam curto Circuíto” (1999), “Confidencial” (2003), “Rio grande, rio blues” (2005) e o espetacular registro ao vivo, da série Palco, gravado na Casa de Cultura Mário Quintana, no Teatro Bruno Kieffer, em 25 de julho de 2000, e lançado em 2005, onde aplicou de forma genial a sua técnica vigorosa de guitarra e lap steel.  Esse último um instrumento para se tocar sentado e sobre as pernas, ao qual Garcia tocava de forma peculiar, pendurado no pescoço como fosse uma guitarra comum. Sou admirador de Bebeco Garcia desde que o vi tocar pela primeira vez quando juntamente com seu grupo “Garotos da Rua”, eram a banda da casa do bar “Rocket 88” na Joaquim Nabuco, em Porto Alegre. Depois teve aquela participação magnífica no solo da musica “Nós que ficamos sós”, no álbum de Carlinhos Hartlieb “Risco no Céu” (1983).  Bebeco deixou algumas apresentações gravadas para a TVE  de sua fase solo e fez shows memoráveis em diversos lugares da capital e interior. Um dos melhores foi um coletivo com outros artistas na primeira inauguração do Araújo Viana depois da reforma no final dos anos noventa, em que deixou o público e alguns colegas de boca aberta, com sua pegada infalível no lap steel  e sua presença rockeira selvagem de palco. Convém registrar que ao longo de sua carreira solo, Bebeco Garcia contou com aliados, que o ajudaram a dar forma e moldar o seu talento nato, como – Egisto dal Santo, Fabio Lee, Edinho Galhardi e seu filho, Pedro Garcia que tocam de forma exemplar com o mestre em “Me chamam....”). José Francisco Mello Garcia nasceu na cidade de Rio Grande em 11 de outubro de 1953 e deixou esse planeta prematuramente no dia 19 de maio de 2010, não sem antes, espalhar muitas faíscas e derrubar disjuntores por onde andava e tocava.

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