No final dos anos sessenta, os Doors viviam um período de
seca criativa, precisavam por questões financeiras voltar as paradas de
sucessos e precisavam aproveitar que as portas das casas de espetáculos estavam
se abrindo para eles novamente. A última gravação "Soft Parade" de 1969 não havia
agradado aos fãs nem a imprensa especializada e num esforço conjunto entre a
banda, Paul Rothchild (produtor) e Bruce Bothnik (engenheiro de som)
colocaram-se em estúdio e gravaram as bases de Morrison Hotel, sem os vocais de
Jim Morrison que foram colocados mais tarde para que as canções alcançassem
maior qualidade técnica e também para sincronizar as gravações com a agenda “alcoólica”
de Morrison. Ainda foram chamados a engrossar as fileiras instrumentais o
guitarrista Lonnie Mack que tocou contra baixo em "Roadhouse Blues" e
"Maggie M'Gill", John Sebastian tocou harmônica na primeira,
aparecendo nos créditos com um tal de G. Puglese. Voltado para as raízes da
banda com fortes referências ao Blues, pretendiam eles reconquistar os admiradores e voltar a
excursionar, aproximando Jim Morrison novamente do som de John Lee Hooker e o afastando um pouco de
Rimbaud. Este seria o penúltimo álbum do grupo, que gravaria ainda o fenomenal "L. A Woman" lançado em abril de 1971, menos de três meses
antes do fatídico 3 de julho em Paris, quando Jim Morrison morreu. A capa do
álbum mostra uma fotografia de Henry Diltz, que teve que brigar com o gerente
do Hotel em Los Angeles para fazer a foto já que ele se recusava a permitir a entrada daqueles
"arruaceiros" nas dependências do local, aproveitando um momento de
descuido do gerente, Diltz posicionou os garotos e efetuou o clic. O Hotel e a
foto entraram para a história, bem o como o álbum que é uma verdadeira obra de
arte musical.
segunda-feira, 9 de março de 2015
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