Guaiba, cidade situada à pouco mais de 25 km. da capital Gaúcha, Porto Alegre, na margem direita do lago de mesmo nome, já foi em outros tempos um lugar bucólico e aprazível, procurado nos fins de semana por ávidos veranistas em busca de suas areias brancas e de suas praias bonitas e refrescantes. Hoje incorporada à região metropolitana, é só mais um amontoado de construções, áreas residenciais e vilas, sucumbindo às mesmas mazelas de todos os centros urbanos de qualquer lugar. Crimes, drogas, roubos, tráfico e toda série de incertezas dos tempos "modernos". Ficam na memória os tempos poéticos, e nos registros fotográficos daqueles que veem a beleza e a possibilidade de perde-la. A seguir alguns desses registros de outras épocas.
Centro da cidade, beira do lago - A praça bem cuidada com seus bancos de concreto, oferecidos à comunidade pelos comerciantes locais. Ao fundo oa antigo prédio de madeira, que foi restaurante, sede de secretarias públicas e diversas outras atividadese ao lado a casa de bombas da Corsan. Anos 50/60.
Praia da Alegria - Um já velho trapiche de madeira, que nos tempos áureos das praias da cidade, era local de desemnbarque dos turistas que atravessavam o lago a bordo do barcos movidos a vapor. Hoje em dia o bairro está atirado às traças, com habitações irregulares, invasões de áreas da margem e outras complicações oriundas da má gestão e pelo abandono da máquina pública. A ampliação de industria de celulose que prometia enormes benesses ao local, só trouxe mais abandono e esquecimento. Anos 70.
Rua Santa Catarina - O parque 35 foi uma das primeiras urbanizações depois da cidade velha, um bem planejado loteamento na época mas, que custou a ter pavimentação e sistemas de esgoto adequado. Foi preciso conviver com esgoto a céu aberto e ruas poeirentas até os anos noventa, quando sofreu melhorias, devido às novas residencias que foram sendo construídas e a necessidade por melhores serviços públicos. Anos 40.
Posto Shell - Na entrada da cidade, uma pequena encruzilhada a qual chamavam de "trevo", hoje dá lugar a um moderno viaduto e uma bem planejada e construída rótula, tendo livrado a cidade de frequentes acidentes, terríveis e fatais que ceifaram muitas vidas no passado. O posto "Shell" alí instalado dava nome ao lugar que até hoje é assim conhecido. Na verdade o bairro é chamado de Vila Nossa Senhora de Fátima. Anos 70.
Chama Crioula - Na beira do lago, uma churrascaria e pizzaria, local de grande movimentação em tempos de boa vizinhança e respeito. O local foi todo demolido e dá hoje lugar ao estacionamento de um supermercado. Anos 90
Barco Flutuante - Nos anos noventa um empresário da cidade resolveu colocar um bar em uma balsa, não obteve sucesso e o bar foi fechado em seguida. Também não oferecia as condições de segurança necessárias nem sanitárias adequadas para o tipo de negócio.
Barcas - Uma segunda tentativa de manter uma linha regular de transporte fluvial entre Guaiba e Porto Alegre, resultou fracassada no início dos anos oitenta. Embarcações adaptadas de forma inadequada, não oferteciam as condições mínimas exigidas para a operação. A travessia era mais divertida que hoje em dia, visto que podia-se andar por todos os lugares das embarcações sem medo de ser feliz, mesmo com os riscos que a tarefa oferecia.
Nossa Senhora do Livramento - A matriz da cidade, pouco mudou nos últimos anos mas, permanece bem cuidada. A não ser pela praça, descuidada por muitos anos, com calçadas estragadas e mato por todos os lados. Vez por outra recebe uma caiação provisória da prefeitura em alguma data significativa. Anos 60.
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