Os tempos andam bastante diferentes do que costumavam ser. O clima mudou de forma que não o entendemos mais, sendo que os mais antigos não veem paralelo com os acontecimentos do passado, mesmo que de alguma forma alguns fenômenos venham se repetindo.
As inundações recente no vale do Taquari no Rio Grande do Sul evidenciam que as populações fundaram suas cidades praticamente no leito dos rios, mesmo que esses poucas vezes tenham requeridos estes espaços para desaguarem sua fúria. Os eventos chuvosos se avolumaram sobremaneira nestes últimos meses, repetindo e sobrepujando os níveis mais alarmantes do passado, na capital a famigerada enchente de 1941.
O Guaíba antes catalogado com estuário, já passou pela qualificação de rio e de lago, ficando esta última como sua configuração oficial. Existe muita controvérsia a respeito de sua denominação, sendo que muitos atribuem ao lobby da exploração imobiliária a denominação de lago, já que, se fosse um rio, não se poderia desmatar com facilidade as margens, nem construir muito próximo de suas águas e, a denominação de "lago" permitiria uma maior aproximação das construções. Enfim, a despeito destas elucubrações, registro em fotos e atualizo a situação do Guaiba na cidade de mesmo nome. Depois de retroceder alguns palmos na semana, o vento sul entrando pela lagoa fez com que o nível das águas voltasse a lamber as ruas da cidade, depois de inundar ilhas e colocar muitas pessoas em situação de desabrigo em várias regiões da região metropolitana e do estado.
A seguir fotografias feitas no dia 30/09/2023 às 16 h.