Datas comemorativas sempre trazem consigo lembranças e, nos remetem a mergulhos interiores que nem sempre são bons ou, trazem à tona sentimentos desagradáveis. Muitas vezes não se comemora nada em uma data festiva, sobretudo em datas ligadas ao nosso histórico de vida.
Minhas datas de aniversário, que tento manter o mais impessoais possível, sem encanar muito nem mergulhar em lembranças e rememorações. Algumas coisas, porém, são impossíveis de esquecer e não trazer à baila. Os abraços e beijos dos pais, lembranças daqueles que partiram, etc. Eu, particularmente, tenho sempre a lembrança de uma amigo de infância que já se foi, e que fazia aniversário quase junto ao meu, um ano e um dia antes. E a ele, dedico o dia de hoje, além do dia de ontem, pelas aventuras que fizemos, mesmo que não tenham ido além de quadras de distância de nossas casas, na maioria mas, também pelas longas conversas e trocas de informações musicais. Pelas nossas infinitas bandas que montamos na imaginação, conquistas e sonhos que tivemos um dia.
Com a idade vieram algumas diferenças de atitudes e visões de vida, a bifurcação do destino nos manteve separados por algum tempo, mesmo que fisicamente estivéssemos sempre por perto um do outro. Família, trabalho, estudos, saúde e outras exigências da existência. Nos últimos meses que pudemos ficar mais perto, foi como na infância, com muitas risadas e outras diversões, por algum tempo nossa idade era apenas um detalhe. Estávamos mais maduros, tudo havia envelhecido um pouco ao nosso redor e as coisas já não tinham mais o brilho de antigamente, mas ainda eram muito boas as sensações da proximidade e da parceria. Falar das namoradas, dos discos, dos shows...muito bom.
Se Deus quiser, a gente possa um dia se encontrar em algum outro plano ou lugar, tomara a vida não ser tão ingrata a ponto de não haver mais nada...seria tão injusto ou, quem sabe seja esssa a beleza e a raridade de tudo.
Feliz aniversário, Mauro. (onde quer que tu
estejas)