Quando
se uniu a Herb Ellis e Charlie Byrd para esse projeto, Barney Kessel
já era um guitarrista reconhecido, com sua sombra se estendendo
sobre uma grande área do jazz. Com apenas 19 anos se mudou de
Moskogee, no estado de Oklahoma para Los Angeles onde desenvolveu
seu trabalho ganhando o reconhecimento dos músicos e produtores da
cidade. Apesar de intensa atividade como músico de estúdio, clubes
noturnos e concertos, Kessel apenas conquistou Nova York por volta
dos anos oitenta, já com carreira consolidada em diversos lugares
dos Estados Unidos e do mundo, inclusive com forte influência sobre
os músicos bossa-novistas do Brasil . Herb Ellis nesse período já
era um renomado guitarrista que já havia prestado seus serviços a
nomes com Oscar Peterson e Ella Fitzgerald e Jimmy Dorsey do qual
participou da orquestra em 1942. Profundo estudioso da guitarra Ellis
logo se interessou pelo estilo descontraído e cheio de figuras
rítmicas de Barney Kessel, influências de seu ídolo Charlie
Christian. Charlkie Byrd por sua vez havia sido um dos principais
“importadores” da Bossa Nova para os EUA, tendo tocado com Stan
Getz e ajudado a tornar a música brasileira instrumental conhecida
nos meios jazzisticos mundiais já em 1962. Gravado ao vivo em 28 de
julho de 1974 no Concord Boulevard Park em Concord na California,
contando com a colaboração dos músicos: Joe Byrd no baixo, Joe Rae
na bateria. O álbum é o registro de um concerto em que o
virtuosismo e o amor ao Jazz e a música em geral dos músicos fez
com que essas gravações chegassem frescas e estimulantes até os
dias de hoje. Com um set list que abranja composições do
cancioneiro jazzista norte americano, composições de Kessel e Ellis
mais pérolas da Bossa Nova como “ O Barquinho” de Bôscoli e
Menescal, a audição dessas canções é um bálsamo em meio a
barulheira do cotidiano e da mesmice generalizante das opções
disponíveis.
Bom
som!