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Quando cheguei a minha cidade em 1970, fui morar defronte a casa de dois meninos que logo se tornaram meus amigos. Nossa empatia foi imediata e logo começamos a desenvolver uma amizade que marcou nossas adolescências. Eu era um menino que estava vindo do interior apesar de já ter vivido e estudado na cidade, mas numa idade bem inferior.
Nos anos setenta a cultura pop americana começava a chegar ao Brasil e uma grande plêiade de novidades em diversos campos como: Artes, medicina, música e cinema iriam influenciar-nos de toda a sorte. A televisão exercia um fascínio imenso nas pessoas sobretudo na garotada, pois não havia outro entretenimento senão o de passar horas na frente do aparelho. Claro que ainda as atividades e brincadeiras ao ar livre ainda eram a coisa mais importante de tudo. Nas brincadeiras que fazíamos entre outras estavam a de encenar, repetir os seriados que víamos pela televisão. Nos reuníamos com armas de brinquedos, muitas vezes feitas por nós mesmos com madeira ou qualquer material que permitisse emular uma pistola, rifle ou metralhadora. A série combate, que mostrava as aventura de um pelotão da companhia King, em aventuras bem detalhadas passadas na segunda guerra mundial e que mostrava belos detalhas de combates como o dia "D" o famosos desembarque de tropas na normandia. Em uma floresta que havia nas redondezas passávamos as tarde inteiras brincando dessa forma, apesar de ser uma brincadeira de guerra não era de forma alguma violenta e destacávamos mais os atos de bravura e companheirismo como resgates de prisioneiros e ajuda a feridos em combate.
Outra série que víamos e gostávamos era "Kolchak e os demônios da noite" que víamos na pequena televisão preto e branco da família de Ariovaldo e Ari, uma Phillips de 14 polegadas a qual ficávamos concentrados noite a dentro assistindo as aventuras do repórter meio decadente que se metia em diversas enrascadas sobrenaturais, mas que nunca conseguia uma foto que provasse ao seu editor que havia valido a pena a aventura.
Era um lindo tempo de inocência e amizades duradouras.
Dedico esse pequeno texto em memória de meu grande amigo Ariovaldo.